Mesmo que tenha sido adaptado, Anjos e Demônios é uma obra que merece toda a admiração, o filme nos leva a um raciocínio incrível, e cada vez que percebemos cada detalhe da história, deparamos-nos com algo muito bem elaborado. Alguns dos meus amigos que já tiveram o prazer de contemplar a obra em livro, disseram-me que o filme foi adaptado de forma a desrespeitar Dan Brown, e ainda dizem que não conseguem imaginar ele aceitando as mudanças que a produção do filme fez, mas todos sabemos que a indústria do cinema é dessa forma, e além de fatores econômicos temos uma certa hierarquia da parte dos produtores na hora de colocar o filme em cena. Detectei alguns erros no filme, mas levando em conta o fato do filme ser impressionante, todos esses erros passam despercebidos. Adorei! Acho que alguns autores deveriam optar pelo estilo do autor, de fazer o público alvo "pensar" um pouco mais do que nos demais filmes, que hoje são meros produtos já mastigados pra que o telespectador consiga "bolar" um final no início do filme. "Anjos e Demônios" envolve ciência, mentalidades, história e tradição; e mesmo que seja ficção, há coisas que podem se encaixar perfeitamente na realidade.
Além disso, assisti esse filme com o meu amigo nipo-brasileiro, HAHA, que apesar de ter dito no final "me perdi completamente na metade do filme!" foi ótimo ter tido a companhia dele e de ter visto algo que me distraíra por todos os problemas acontecidos durante a semana...
Filmes franceses antigos são realmente extraordinários e ao mesmo tempo que contém um doce romantismo dos filmes de Hollywood, tem uma certa polêmica ao retratar paixões doentias, e que ao mesmo envolvam filosofia e muita psicologia do pensamento de seres obsessivos. O diferencial de "Alice et Martin"é esse, ao contrário da maioria dos filmes estadunidenses que simplesmente querem os milhões fornecidos pela história retratada, e que às vezes nem se encaixam na realidade de muitos , André Téchiné apresenta no filme, o comportamento louco de Martin que se apaixona por Alice, a violinista que acaba aceitando o amor de Martin primeiramente por vontade, e depois por medo. Uma fanática por violino abandona tudo para curar a doença de Martin: sua destrutiva obsessão.
Para os que têm paciência de assistir um filme completamente melancólico, procure esse filme raro, de 1998.